As casas-pátio são como exercícios abstratos, projetadas sem que sejam destinadas a um cliente e desprovida de qualquer programa familiar. Quando Mies resolve trabalhar com o máximo de abstração possível, ele se nega a pensar nas casas que projeta a imagem da família. Mais que isso, abre mão dos programas convencionais, dos elementos representativos de privacidade e exigências morais embutidos. O arquiteto faz isso porque deseja compreender a essência da vida moderna e, dessa forma, renuncia a memória que a casa guarda de si como ambiente da família.
Foi por essa busca constante da essência construtiva, da precisão do detalhe que ele mesmo denominou sua arquitetura de pele e osso, conseqüência da desmaterialização.
Nenhum desses estudos tipológicos possui mais de um dormitório, ou mesmo, mais de uma cama. O espaço é organizado de forma contínua: os móveis e objetos que promovem as interrupções. É a partir daí que Mies inicia a discussão sobre continuidade e conectividade, questionando como viveria o homem moderno quando se trata de atender primeiramente sua individualidade. Daqui pra frente, vamos tratar da casa com três pátios de 1934 que, apesar de não substituir as anteriores, é sem duvida o produto mais bem acabado quando se trata das casas-pátio.
A casa não foi pensada para nenhum tipo de família, mas se considerarmos suas dimensões, dificilmente pensamos que seu usuário seja uma única pessoa, assim como não imaginaríamos que muros altos não pretendem servir como limite do lote, muito menos para provocar o conforto ambiental no pátio. A verdadeira função/motivação dos muros é possibilitar privacidade e permitir que a vivência nesse espaço transcorra livre, livre de toda moral e coerção social.
Foi por essa busca constante da essência construtiva, da precisão do detalhe que ele mesmo denominou sua arquitetura de pele e osso, conseqüência da desmaterialização.
Nenhum desses estudos tipológicos possui mais de um dormitório, ou mesmo, mais de uma cama. O espaço é organizado de forma contínua: os móveis e objetos que promovem as interrupções. É a partir daí que Mies inicia a discussão sobre continuidade e conectividade, questionando como viveria o homem moderno quando se trata de atender primeiramente sua individualidade. Daqui pra frente, vamos tratar da casa com três pátios de 1934 que, apesar de não substituir as anteriores, é sem duvida o produto mais bem acabado quando se trata das casas-pátio.
A casa não foi pensada para nenhum tipo de família, mas se considerarmos suas dimensões, dificilmente pensamos que seu usuário seja uma única pessoa, assim como não imaginaríamos que muros altos não pretendem servir como limite do lote, muito menos para provocar o conforto ambiental no pátio. A verdadeira função/motivação dos muros é possibilitar privacidade e permitir que a vivência nesse espaço transcorra livre, livre de toda moral e coerção social.
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